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Rede Movimento de Rádios

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Um pigmeu entre gigantes


General de Brigada Paulo Chagas
No início do mês passado, fui convidado pelo Comandante do Exército, Gen Villas Bôas, a acompanhá-lo em uma visita oficial ao Regimento de Dragões da Independência, onde um Oficial da Reserva (R2) seria recepcionado.

Tratava-se de atender ao pedido de alguém que tivera o privilégio de aprender as táticas elementares da Cavalaria e de conviver, por algum tempo, no salutar ambiente de um regimento e de ter feito contato com os valores, as virtudes e os princípios que norteiam a vida castrense.

O Exército como um todo e a Cavalaria em especial, são instituições apaixonantes e marcantes para quem tem a oportunidade de conhecê-los mais de perto.

Neste contexto, para aqueles que cursaram o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo (CPOR/SP), no tempo em que a Cavalaria era a cavalo, sobressai de importância o antigo 17º Regimento de Cavalaria, sediado em Pirassununga (SP), hoje mecanizado e aquartelado em Amambai (MT).

Foi para relembrar seus tempos no “17”, onde estagiou, que o 2º Ten Cav (R2) Ricardo Lewandowski, hoje Presidente do STF,  solicitou uma visita ao quartel do “1º de Dragões”. Nada mais justo e lógico para quem conheceu o agradável sabor da vida agitada e alegre de um Regimento de Cavalaria.

O roteiro da visita incluiu uma magnífica demonstração do treinamento aplicado aos cavalos e aos Dragões para habilitá-los ao emprego nas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

O Ten Lewandowski, como era de se esperar, ficou realmente muito impressionado com o que viu em termos de motivação, capacitação, destreza, disciplina, coragem e vigor físico da tropa e dos animais.

A visita foi encerrada com um almoço no Salão Nobre do Regimento, ocasião em que o Gen Villas Bôas presenteou o visitante com uma placa de madeira na qual estava fixado um estribo.

O Comandante do Exército fez questão de frisar que se tratava do estribo do lado esquerdo, o do “lado de montar”, e alertou o homenageado, agora não mais o Tenente de Cavalaria, mas o Ministro Presidente do STF, para o fato de que o do lado direito estará sendo empunhado pelo Exército Brasileiro, para evitar que a sela vire no momento de montar, garantindo a firmeza na tomada de assento na sela.

Complementando, o Comandante justificou o sentido figurado da gesto, dizendo ao Ministro que ele, no exercício de suas elevadas funções judiciais, terá sempre o Exército à sua direita, vigilante e atento, para garantir o cumprimento da lei e o respeito à ordem pública e aos preceitos constitucionais.

O Ministro recebeu e entendeu a mensagem, agradeceu a lembrança e disse, com ênfase, em seu discurso de agradecimento, que a Suprema Corte brasileira, a exemplo das FFAA,  é uma instituição de Estado e não de governo, ou seja, comprometida, antes de tudo, com o Brasil e não com governos de ocasião!

Hoje, depois de ter assistido à tramoia dos integrantes daquele supremo tribunal de justiça para favorecer, no processo de impeachment, o governo que o aparelhou, sinto-me autorizado a pensar que houve falha na avaliação do Aluno e do Tenente Lewandowski nos indicadores relacionados ao compromisso com a verdade, fundamento da moral cavalariana e do Exército de Caxias!

Se, por um momento, encontrei no Presidente do STF identidade no amor e na admiração à Cavalaria, hoje, rechaço este sentimento, porquanto, de fato, enquanto esteve entre nós, no CPOR e no “17”, não passou de um pigmeu entre gigantes, o que justifica ele ter imaginado que, voltando a um quartel, na posição que ocupa, poderia equiparar-se àqueles que o devem ter humilhado com sua imensa superioridade moral!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

GOLPE: Conveniência confessa - Senado pode arquivar impeachment

O STF - Supremo Tribunal Federal pode, a partir de agora, ser rebatizado de SUBMISSO Tribunal Federal, ao comprovar sua única competência – Manter a implantação do comunismo bolivariano no Brasil.
Aos que assistiram, mesmo que parcialmente, a seção do STF neste 17 de dezembro de 2015, podem, com toda tranquilidade comprovar o que já era público e notório, ou seja, o aparelhamento do Estado é comprovado e merece uma devassa nas contas bancárias particulares de cada um de seus integrantes e uma investigação profunda por parte da Polícia Federal e instituições sérias. Com isso saberão quanto cada um recebeu para que a votação fosse tão tendenciosa no sentido de blindar a terrorista, assaltante de bancos etc, manipulada pelo chefe da gangue Luiz Inácio Lula da Silva.
O processo de impeachment cessaria a fonte corrupta que envolve todos aqueles que a evitam. E são tantos que, mesmo as falcatruas sendo divulgadas abertamente e de conhecimento, até, de moradores de rua, os seguidores beneficiários da maior quadrilha já formada na história universal, declaram abertamente que Senado pode negar processo em nome “do útil, do oportuno e do conveniente”.
Oras!!! Se for conveniente para eles, “que o povo coma brioches”?
Mais do que nunca o povo deve tomar as ruas, as frentes das residências dos corruptos, a frente das instituições e, diariamente, a frente do Congresso Nacional, STF e todo e qualquer espaço que seja convenientes para a pressão que, caso não haja, determinará a continuidade do processo de “miserabilização” da Nação. Condenando o Brasil ao seu fim definitivo, sendo vendido a nações sóciocomunistas, com a perda de suas riquezas, território e destruição do progresso conquistado em seus mais de 500 anos de história.
Nada mais há o que fazer senão o povo se manifestar de forma organizada em pequenos grupos e continuamente.
Não! Eu não tenho vergonha de ser brasileiro e essa enorme quadrilha não tirará de mim o orgulho e amor que tenho pela Pátria Amada Brasil.
Quero meu País de volta.
  

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Artigo de Reinaldo Azevedo esclarece.
Há uma tentativa de golpe em curso no STF, que quer dar ao Senado o direito de se negar a abrir o processo de impeachment; parece que golpistas já são maioria
Celso de Mello, para escândalo da ordem jurídica, diz que Senado pode negar processo em nome “do útil, do oportuno e do conveniente”
Estão armando um golpe contra a Constituição no Supremo. Quem abriu a divergência foi Roberto Barroso. Teori Zavascki já entrou na onda. Marco Aurélio já se manifestou nesse sentido. Ricardo Lewandowski também. Carmen Lúcia fez umas pequenas intervenções que parecem ir em igual sentido… Fique com a impressão que Luiz Fux vai com o grupo
E, por incrível que pareça, a argumentação mais fraca é a de Celso de Mello. Já chego lá.
A que me refiro?
O caput do Artigo 86 da Constituição é claríssimo. Leiam:
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Como se vê, e já chamei aqui a atenção para isto, uma vez admitida a acusação pela Câmara, não existe instância intermediária entre a admissão e a instauração do processo. Ele é obrigatório. Onde está escrito isso?
Celso de Mello se enrolou de modo estupefaciente. Um homem inteligente sem argumentos é sempre mais patético do que um homem burro.
Barroso deu início a um argumento furado como nota de R$ 3. Assim como o Supremo autoriza ou não processo contra o presidente da República em caso de crime comum, caberia ao Senado autorizar ou a instauração do processo.
A argumentação é estúpida. Estamos falando de Poderes distintos nesse caso. Câmara e Senado são o mesmo Poder. A Constituição atribui à Câmara o juízo de admissibilidade. E ao Senado cabe processar e julgar.
Sem argumento técnico nenhum, Celso de Mello, para espanto da ordem jurídica, disse que, dada a gravidade do assunto, cabe ao Senado avaliar se o processo de impeachment é “útil, oportuno e conveniente”. Entendi: logo, se conclui que, por oportunismo, utilitarismo e conveniência, pode-se mandar a Constituição para o lixo.
Assim, segundo a turma, ainda que a Câmara admita a denúncia, o Senado pode se negar a abrir o processo.
Não sei se contaram: no grupo acima, já há seis votos.
Ah, sim: Dias Toffoli, para registro, da história, opôs-se ao à defesa do golpe.
Fonte: VEJA

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Impeachment ou intervenção - que cada um faça a sua parte

Em todas grandes manifestações a maioria sempre optou pelo
impeachment, por saberem que é tarefa dos políticos.
Impeachment ou intervenção, que cada um faça a sua parte - Gen Paulo Chagas

É realmente angustiante o ritmo com que as coisas evoluem no Brasil. No entanto, é o nosso ritmo! Muda-lo à força não mudará a nossa natureza.

Temos que aprender a conduzir os nossos destinos e, principalmente, aprender a definir o que de fato é bom, se não para todos, pelo menos para a maioria, e fazer acontecer sem depender de decisões sobre as quais não temos ingerência.

Temos que entender e aprender que os políticos não se constituem em uma classe profissional autônoma que trabalha para si própria. Pelo contrário, são representantes compromissados com a vontade dos que os colocaram lá e a eles devem respeito e prestação de contas.

Já os militares são o que são porque escolheram esta profissão e, com esforço pessoal, individualmente, representando unicamente a sua vocação e mais ninguém, passaram a integrar um organismo armado com missão definida.

Uma iniciativa ou uma decisão de um político representa, em princípio, a vontade de seus eleitores. Uma iniciativa ou decisão de um Comandante Militar pode ser aplaudida ou vaiada pela sociedade como um todo, mas não depende da vontade ou da pressão popular. A sua função não é eletiva, é uma conquista de esforço, de dedicação, de mérito e de demonstrações de coragem e de responsabilidade consequente.

Portanto, a decisão por uma intervenção militar, ao arrepio da Constituição, como em 64, é exclusiva dos militares, não carece de pedidos, pressões, aplausos, vaias, choros ou ranger de dentes!

 O mesmo já não é válido para o impeachment, porquanto os políticos podem e devem ser pressionados para que façam, no nosso ritmo, o que nós achamos que deve ser feito!

Assim, é mais lógico que nós, cidadãos, não fiquemos esperando ou tentando induzir os soldados a fazer o que NÓS achamos que eles devem fazer, mas, antes de mais nada, fazer o que NOS cabe como eleitores dos outros cidadãos que representam a nossa vontade no Poder Legislativo.

Os militares, como tal, não com cidadãos e eleitores, farão a parte deles, se assim julgarem necessário, com ou sem a nossa demanda ou aquiescência, merecendo o nosso aplauso ou as nossas vaias. Eles não dependem disso, mas, apenas, da própria consciência cívica, patriótica e profissional!

Pensem nisso...




quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Renan, Jader e Delcídio na Lava Jato

Renan, Jader e Delcídio
Estas "autoridades" receberam propina a partir de contratos fraudados na Petrobras.

O ministro Teori Zavascki (pasmém, senhores!!!), relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira a abertura de dois novos inquéritos para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-líder do governo Delcídio do Amaral (PT-MS). Os três foram citados por delatores do escândalo do petrolão como autoridades que receberam propina a partir de contratos fraudados na Petrobras. Por decisão de Zavascki, também será investigado o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), apontado pelos investigadores do petrolão como o preposto de Calheiros nas negociações de propina.

Em acordo de delação premiada, conforme revelou VEJA, Baiano contou que o esquema de corrupção na área internacional da Petrobras começou em 2006, no governo Lula, e envolveu os senadores Renan Calheiros (PMDB), Delcídio Amaral (PT), Jader Barbalho (PMDB) e o ex-ministro Silas Rondeau, que, após o mensalão, substituiu Dilma Rousseff na pasta de Minas e Energia. Todos negam as acusações.

Apontado pelo Ministério Público como o operador do PMDB no escândalo do petrolão, o lobista Fernando 'Baiano' Soares admitiu que atuou em "repasses pontuais" de dinheiro sujo ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a Renan Calheiros. Ele disse que repassou propina a integrantes do partido relativa à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e de contratos de sondas. "[Baiano] realizou apenas alguns repasses pontuais envolvendo o PMDB, dentre eles o relacionado a Eduardo Cunha e a Renan Calheiros, quanto a este sempre por meio de Jorge Luz", disse. Luz é uma espécie de lobista histórico da Petrobras.

Apontado pelo Ministério Público como o operador do PMDB no escândalo do petrolão, o lobista Fernando 'Baiano' Soares admitiu que atuou em "repasses pontuais" de dinheiro sujo ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a Renan Calheiros. Ele disse que repassou propina a integrantes do partido relativa à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e de contratos de sondas. "[Baiano] realizou apenas alguns repasses pontuais envolvendo o PMDB, dentre eles o relacionado a Eduardo Cunha e a Renan Calheiros, quanto a este sempre por meio de Jorge Luz", disse. Luz é uma espécie de lobista histórico da Petrobras.

Em outros depoimentos que embasam a Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa informou às autoridades que Renan recebia dinheiro de empreiteiras contratadas pela estatal, realizava as negociatas em sua própria casa e recolhia propina da Transpetro, subsidiária da Petrobras então controlada por Sergio Machado, seu aliado. Renan Calheiros é alvo de inquéritos no STF, embora ainda não tenha sido denunciado pelo Ministério Público, o que deverá acontecer em poucos dias, em meio a esta confusão entre os corruptos delatores e a máquina aparelhada por tantos outros corruptos - todos sofrendo de insônia nos últimos dias.
Fonte: VEJA






terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Intervenção militar: 1964 x 2015

Em 1964, nas FFAA, a imensa maioria de seus quadros era legalista, respeitando, incondicionalmente a Constituição. Goulart caiu por causa da estratégia e das táticas que adotou. Pretendeu implantar as reformas com ou sem o apoio do Congresso, “na lei ou na marra”, por meio da mobilização das massas com o apoio passivo das FFAA e o apoio ativo de um dispositivo militar que pensava haver implantado.

Da preocupação dos empresários com a infiltração comunista resultou uma série de encontros de empresários do Rio de Janeiro e de São Paulo. Da troca de ideias sobre as suas responsabilidades, surgiu, no final de novembro de 1961, o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES).

Passaram a integrar os quadros do IPES, profissionais liberais, militares da reserva, clérigos, funcionários públicos, etc. Com isto foi possível aperfeiçoar sua estrutura para estender sua ação a vários segmentos sociais. Criou-se um programa de treinamento de lideranças democráticas para homens de negócios, estudantes e operários.

Inúmeras outras organizações surgiram no ano de 1963, com objetivos semelhantes aos do IPES, algumas dispostas mesmo a ação revolucionária, se necessário. Um desses grupos, por exemplo, contatou Júlio Mesquita Filho, dono do jornal “o Estado de São Paulo”, que se tornou o seu chefe nacional, e que, em 1964, chegou a armar-se para participar diretamente da revolução.

Embora essas organizações não tivessem constituído um bloco ideológico e político monolítico, elas encontrariam unidade na situação pela qual passava o País e iriam influir decisivamente no movimento revolucionário.

Nos meios políticos, a oposição mais objetiva às esquerdas e ao Governo, decisiva mesmo para o êxito da Revolução, seria desempenhada pelos governadores, principalmente os de Minas Gerais, São Paulo e Guanabara.

Desde 1962, organizara-se, no Congresso, um bloco interpartidário denominado Ação Democrática Parlamentar (ADP), que se constituiu numa oposição atuante até a revolução. Contando com cerca de duzentos parlamentares.

Os mais influentes jornais e emissoras de rádio e televisão deram, desde o início, seu apoio às campanhas em defesa da democracia. É fácil deduzir quão importante foi essa atuação no preparo da opinião pública.

Em todos os segmentos onde o proselitismo esquerdista atuava houve reação. No meio sindical, eram realizados cursos para trabalhadores, dirigidos pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), organismo patrocinado por empresas privadas de São Paulo. O IBAD [Instituto Brasileiro de Ação Democrática] era outra entidade que atuava nesse meio.

A área educacional era onde as esquerdas haviam obtido seu maior êxito. Surgiram, então, entidades democráticas para atuar em oposição à UNE. Uma das mais importantes  foi o Grupo de Ação Política (GAP) que atuava no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em São Paulo.

Essas inúmeras entidades atestaram que a juventude não esteve omissa nos anos agitados que antecederam o 31 de março de 1964.

Desde 1954, existia, em São Paulo, o Movimento de Arregimentação feminina (MAF). O Marechal Cordeiro de Farias diria: “… a Revolução foi feita pelas mulheres brasileiras, principalmente as de Minas e São Paulo”.

Em 1963, mais de oitenta por cento dos militares continuavam com sua postura legalista. Dos restantes, aproximadamente a metade fazia parte do dispositivo janguista ou concordava com suas posições. Os da reserva, haviam começado a atuar desde a posse de Jango, ligando-se, orientando e participando das organizações civis mencionadas.

Em setembro, com o levante dos sargentos em Brasília, começou a haver uma mudança de posicionamento das FFAA.

No dia 4 de outubro, houve a tentativa frustrada da prisão do Governador da Guanabara e da decretação do Estado de Sítio. Os oficiais que se negaram a cumprir a ordem de prisão do Governador foram punidos. Sob o estímulo emocional dessas prisões, criou-se um grupo conspiratório. Liderado pelo então Coronel João Batista de Figueiredo.

Graças à confiança que esse grupo depositava no General Castello Branco, decidiram seus membros confiar suas apreensões ao Chefe do Estado Maior do Exército que integrou-se, de forma efetiva, ao esquema revolucionário.

Esse grupo elaborou um plano defensivo contra a tomada de poder pelas esquerdas: resistir e estimular a resistência civil; dar ânimo aos políticos a se oporem às proposições esquerdizantes; e preparar a resistência militar. Essa conspiração de cúpula não afetaria, ainda, a disposição da grande maioria dos militares, que se mantinha fiel à Constituição.

No comício do dia 13 de março, na Central do Brasil, promovido pelo Presidente Goulart, protegidos por tropas do Exército, estavam no palanque todas as facções do movimento revolucionário esquerdista. A partir desse momento, os conspiradores sabiam que o desfecho do golpe da esquerda estava próximo.

O Comício resultou numa mudança no posicionamento da imprensa. Os editoriais passaram a exigir diretamente que os militares assumissem a responsabilidade de resolver a crise.

Apesar dessa situação, a maioria militar não estava ainda convencida da necessidade de participar da revolução.

No dia 19 de março, dia de São José, Padroeiro da Família, as mulheres de São Paulo realizaram um protesto de rua contra o comício da Central do Brasil. Nesse dia, os cinemas não funcionaram, o comércio e a indústria suspenderam suas atividades às 15 horas. Às 16 horas, começava a primeira “Marcha da Família Com Deus pela Liberdade”.

Para os militares legalistas, a etapa decisiva seria o motim dos marinheiros e seu desfecho que abalaram as convicções até daqueles que até a véspera  lutariam ao lado do Presidente e suas reformas. A revolução já poderia ser desencadeada sem que houvesse o risco da divisão interna das FFAA.

Quando, no dia 30 de março, João Goulart se dirigiu ao Automóvel Clube do Rio de Janeiro para falar a uma assembleia de sargentos, o desencadeamento da Revolução já estava decidido. O início do movimento foi marcado para a noite de 2 para 3 de abril.

Por razões diversas o movimento revolucionário foi antecipado em Minas Gerais. Na madrugada de 31 de março, as tropas ali sediadas começaram a marchar em direção ao Rio de janeiro. No encontro dessas forças com as do I Exército, que se deslocaram para barrá-las, não houve o primeiro tiro. Episódio semelhante ocorreria no ponto de encontro das tropas dos I e II Exércitos, no eixo Rio-São Paulo.

Pelo meio da tarde de quarta-feira, tudo estava terminado. Ruíra o dispositivo militar do Presidente, ninguém moveu ou esboçou resistência em defesa de Goulart, ou de suas reformas.

Depois de meses de tensão e de luta, os políticos brasileiros, liderados pela maioria dos governadores, podiam respirar aliviados, convictos do acerto das decisões tomadas.

Na madrugada de 2 de abril de 1964, o Presidente do Congresso Nacional declarava vaga a Presidência da República e convidava para assumi-la, imediatamente, o Presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzili. Ao seguir-se o rito constitucional, restava a eleição, pelo Congresso Nacional, do Presidente e do Vice-Presidente da República, dentro de trinta dias.

A perplexidade dos primeiros dias deu margem a uma série de manobras políticas de grupos e de partidos que buscavam fazer o pêndulo do poder oscilar para o lado dos seus interesses.

O Comando Revolucionário desejava que o Congresso começasse por sua própria depuração, e que votasse uma legislação antissubversiva de emergência. Em vez disso, o Congresso tentou viabilizar um ato de emergência próprio. Esse procedimento provocou  a pronta reação do Comando Revolucionário, que praticou seu primeiro ato realmente revolucionário, outorgando o Ato Institucional nº 1.

Por esse ato, o Congresso passava a ser uma projeção do processo revolucionário e não a sua origem.

Anunciado na tarde de 9 de abril, o Ato outorgava à Revolução poderes para a rápida transformação do País, mantendo o Legislativo, o Judiciário e a própria Constituição. Dava ao Presidente da República o poder de introduzir emendas constitucionais; abreviava o processo de elaboração dos atos legislativos; dava ao Executivo competência exclusiva em legislação financeira; suspendia, por seis meses, as garantias de vitaliciedade e estabilidade, permitindo, mediante investigação sumária, a demissão, a disponibilidade ou a aposentadoria dos que houvessem “tentado contra a segurança do País, o regime democrático e a probidade administrativa”; excluída a apreciação judicial, autorizava, também, nos seis meses seguintes, a suspensão de direitos pelo prazo de dez anos e a cassação de mandatos legislativos. Finalmente, o Ato institucionalizava o mecanismo de transferência do Poder Executivo, através do Colégio Eleitoral, encarregado de escolher indiretamente o Presidente da República.

“Fica, assim, bem claro que a revolução não procura legitimar-se através do Congresso. Este é que recebe desse Ato Institucional, resultante do exercício do Poder Constituinte inerente a todas as revoluções, a sua legalização”.(AI-1)

Na noite de 1º de abril, os principais Governadores que haviam apoiado a Revolução acordaram que o Chefe do Governo Revolucionário deveria ser um militar. Castello Branco   foi eleito, com a quase unanimidade dos sufrágios, obtendo 361 dos 388 votos, e empossado em 15 de abril de 1964.

Entretanto, à medida que a Revolução se desenvolvia e sua estratégia ia sendo traçada, ela passava a desgostar indivíduos e grupos que, na não coincidência de rumos com suas próprias concepções e interesses, viam descaminhos revolucionários.

Antes da Revolução essa discussão não fora aprofundada, porque poderia tornar impossível a coligação que a tornou vitoriosa. Depois, apresentava o risco de provocar cisões irremediáveis nas forças revolucionárias e mesmo precipitar “um contra movimento executado pelas forças janguistas”.

Castello não queria que a Revolução fosse utilizada como instrumento de vinganças, de perseguições, e zelou, pessoalmente, por isso.

por Gen Bda Paulo Chagas
No final de julho de 64, o Congresso aprovou a emenda constitucional que prorrogava o mandato até 15 de março de 1967, marcando, ao mesmo tempo, a eleição presidencial para novembro de 1966. Castello, praticamente, foi obrigado a conformar-se. Quem não o fez, porém, foi o Governador Carlos Lacerda, que, se julgando prejudicado,abriu campanha contra o Governo revolucionário. Receptivos a essa pregação estariam setores que sofreram restrições impostas pela necessidade de contenção da anarquia e da desordem, nas relações sociais e na economia.

Já no dia da vitória, começaram as divergências quanto aos seus objetivos, prioridades, formas e modos de alcançá-los. O próprio restabelecimento da ordem e da tranquilidade nacionais, que era uma aspiração generalizada à qual se entregaria , nesse ano, o governo revolucionário, imporia a adoção de medidas que sacrificavam, na essência, o que era um dos objetivos prioritários da Revolução – a manutenção e o aperfeiçoamento do regime democrático.

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Ao fazer esta compilação do ORVIL, convido-os  a conhecer e a entender a intervenção militar ocorrida no ambiente e na conjuntura de 1964, deixando à iniciativa e ao conhecimento de cada um a comparação e a equiparação com o que ocorre no ambiente e na conjuntura dos nossos dias, bem como a chegada às conclusões daí decorrentes.

sábado, 28 de novembro de 2015

Responsabilidade Criminal - Gen Pimentel

Gen Gilberto Rodrigues Pimentel - Pres do Clube Militar
Quem pode duvidar que uma das mais importantes e delicadas tarefas de um governante, em especial numa democracia, é a escolha dos seus auxiliares? É uma responsabilidade e tanto. Se falha nesse mister ele vai pagar caro nas urnas quando se constata a pura incompetência dos escolhidos, ou em outras instâncias, incluída aí a criminal, se os danos causados aos governados for produto de dolo, que é definido como a violação consciente da lei, por ação ou omissão. Há, nesse caso, pleno conhecimento do crime que está sendo praticado.
Para conhecimento dos menos informados, é muito importante enfatizar que o Presidente da República do Brasil dispõe de um eficiente e muito bem montado sistema de inteligência capaz de assessorá-lo com alta margem de confiabilidade quanto aos antecedentes dos indicados aos postos da administração pública, não somente quanto a aspectos relativos à sua honestidade, honradez, mas até mesmo quanto à experiência e competência para o exercício do cargo.
Equívocos eventuais existem e sempre existirão. Esses devem ser vistos como exceções. Desenganos e desilusões são próprios da natureza humana. O caso em questão, no entanto, é absolutamente único. Sem precedentes. O presidente Lula, nos seus dois mandatos, nomeou para os mais altos postos de mando a pior espécie de gente que se possa imaginar.
E os mais influentes e poderosos deles estiveram sempre no seu entorno imediato, em postos chaves, muitas vezes dentro do próprio Palácio, vizinhos do seu gabinete. Também no seu círculo de amizades pessoais funcionou assim. Empresários hoje envolvidos em atos de corrupção gozavam da prerrogativa do acesso livre ao ambiente de trabalho presidencial.
A lista dos marginais é longa, conhecida de todos, e seria exaustivo repeti-la na oportunidade. Alguns
deles foram alcançados pelo Mensalão, outros pela operação Lava-Jato, e outros ainda nos dois escândalos. Parte cumpre pena ou já cumpriram e muitos ainda permanecem sob investigação.
Ladrões dos cofres públicos, distribuídos cirurgicamente em todas as instâncias do governo, quebraram o País, apoiados no maior esquema de corrupção conhecido e montado a partir da esfera oficial do Poder. Algo inacreditável que ainda está para ser avaliado em toda a sua extensão.
Inúteis os argumentos e equações para explicar a crise atribuindo-a a causas externas ou quaisquer outros fatores. O sentimento geral da Nação, excluídos os ingênuos e mal-intencionados, é de que a tragédia econômica é, sobretudo, produto do roubo. Foram bilhões de dólares. Mais, talvez, do que tenta hoje o governo arrancar do povo empobrecido sob a forma de impostos para tapar os buracos que ele próprio ocasionou.
Outro sentimento coletivo é a de que o presidente Lula tem, sim, contas a pagar por tudo que ocorreu durante os mandatos que exerceu. E muitas contas. O que resta e se impõe é apurar o grau de seu envolvimento pessoal nos crimes praticados. Se ex-presidentes não podem ser julgados por crimes de responsabilidade, como deliberou recentemente a Justiça, eles podem e devem, como qualquer mortal, ser responsabilizados por crimes comuns que tenham praticado. Há muito Lula deveria estar sendo investigado.

Gen Gilberto Rodrigues Pimentel
Presidente do Clube Militar

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Qual a melhor opção?

Qual a melhor opção, o sofrimento compulsório ou o sacrifício voluntário? 
General de Brigada Paulo Chagas
O amadurecimento político de uma nação se faz por ciclos de prosperidade e de retrocesso que estabelecem uma tendência que será mais, ou menos,  ascendente de acordo com a forma como ela se organiza e é administrada.

Esta tendência se acentua positivamente quando o sentimento de pátria e a ambição individual e coletiva passam a motivar a sua evolução, isto é, quando a maioria entende que se trata de um processo em que a soma da força criativa e o progresso de cada um se reflete no bem estar de todos.

As consequências destes ciclos são absorvidas pela sociedade na forma de conhecimento, de ensinamentos e de cultura que acabam por ditar o ritmo com que se dá a evolução e a maturidade política.

Os brasileiros, há mais de 30 anos, assistem, inertes, a infiltração de “ideias  revolucionárias” nas bases culturais, morais e políticas da sociedade, tendo como resultado a mais perniciosa e grave crise da sua história evolutiva e deram-se conta, já no fundo do poço, do quanto perderam por não ter participado e dado a importância devida ao processo político.

No momento em que a maioria se apercebe do quanto perdeu e do quanto ainda têm a perder, a revolta se manifesta, embora difusa e desorganizada.

O esvaziamento progressivo das multidões nas ruas demonstra o desperdício de energia provocado pela falta de foco, de união e de organização dos diversos grupos que, finalmente, se formaram para exercer o poder que por descaso e desatenção tem sido, sistematicamente, entregue a uma maioria de pessoas erradas!

Todos entendem, e a evolução de crise não deixa dúvidas, que ela se agravará na razão direta do tempo de permanência do atual governo na condução dos destinos da Nação, fazendo com que o  povo seja submetido a um sofrimento compulsório para que o PT se salve do caos que criou, quando deveria estar fazendo sacrifício voluntário para tirar o Brasil da crise.

A saída legal do PT e da Presidente, seja da forma que for, é, e tem que ser, o objetivo principal dos brasileiros, admitindo-se qualquer sacrifício pela recuperação do Brasil sob o comando legítimo de quem os vier a substituir.

É preciso que as lideranças se unam para montar uma agenda comum sobre o que exigir e o que apoiar na gestão de quem assumir o governo até o fim deste mandato, para que um novo governo comece em 2018 com uma proposta definitiva, legitimada pela certeza de que é, de fato, a eleita pela maioria.

Esquecidas as vaidades e as legítimas ambições pessoais, este é o papel a ser exercido pelas lideranças patrióticas para que o despertar da cidadania responsável seja verdadeiramente o prenúncio de um novo Brasil, democrático, livre, respeitador das diferenças e das conquistas individuais, que valoriza o mérito e que cria oportunidades para que cada um tenha e seja,  pelo seu próprio esforço e vontade, o que puder ter e ser.

Estamos no início de um novo tempo que impõe cautela, avaliações judiciosas, conhecimento, pouco açodamento e muita humildade para admitir que temos muito a fazer e a aprender.

“As soluções definitivas para o Brasil não estão próximas e, se não nos unirmos para dar o próximo passo, estaremos apenas fazendo mais do mesmo. Não podemos nos dar ao luxo de falhar outra vez”.


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Vale - Só não vale punir

Um intrincado caso onde tudo é providenciado para que não exista responsáveis. Pelo menos aqueles que realmente o são.
Como em tudo dentro de um regime corrupto, onde o aparelhamento garante a alteração de todas as leis, apurações e punições, os desvios não ficam apenas nas verbas públicas, que na verdade não são públicas - é, sim, do povo.
Mas tudo isso não vem ao caso quando os envolvidos são ou estão diretamente ligados ao podre poder que tudo controla, nada vê e nada sabe.
O número de vidas ceifadas, famílias que viverão este terror para o resto da vida, o prejuízo à natureza e tantos outros pontos irreversíveis, pelo menos durante dezenas e dezenas de anos, não serão registrados. Não somente pela blindagem de dados reais mas, pelo simples fato de que será impossível levantar o quanto tudo isso destruiu e matou.
Talvez, num amanhã distante, alguns laranjas serão presos e sentenciados. Ou quem sabe apareçam homens de verdade que tornem este escabroso caso de irresponsabilidade e indiferença com a vida humana, numa operação com o vulto e a dignidade de uma Lava Jato.
Isso tudo só saberemos amanhã. Esteja ele distante ou não.



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Artigo publicado no instituto Liberal originalmente em: http://www.institutoliberal.org.br/blog/rompimento-das-barragens-por-que-ninguem-sera-punido/
Rompimento das barragens: Por que ninguém será punido
Por João Cesar de Melo, publicado no Instituto Liberal

O rompimento das barragens em Minas Gerais provocou uma avalanche de publicações no sentido de tentar fazer a sociedade ver a tragédia como resultado do capitalismo, já que a Vale, controladora da Samarco, é apresentada como uma empresa privada − privatizada por FHC!

Se considerarmos que um partido político é uma instituição privada, sim, a Vale foi privatizada. A Vale é do PT. A Samarco também.

O processo de tomada do controle da Vale pelo PT é muito bem descrito num dos capítulos do livro Reinventando o Capitalismo de Estado, de Aldo Musacchio e Sergio Lazzarini.

Um resumo:

A privatização da Vale promovida por Fernando Henrique Cardoso em 1997 foi parcial. O governo vendeu pouco mais de 41% das ações da empresa para a Valepar, holding que na época era liderada pelo empresário Benjamin Steinbruck. Porém, o governo manteve o controle das golden shares, ações que lhe dava poder de decisão em vários assuntos, por exemplo, sobre os objetivos da empresa.

No ano de 2001, o conselho de administração da Vale aprovou a nomeação de Roger Agnelli como CEO da empresa. Um ano depois, a privatização foi concretizada com o BNDES vendendo 31,5% de sua participação. No entanto, no ano seguinte, 2003, início do governo Lula, o mesmo BNDES recomprou 1,5 bilhão em ações da empresa. Nesse mesmo ano, Lula apadrinhou a nomeação do ex-sindicalista e ex-vereador petista Sergio Rosa (hoje investigado pela Operação Lava Jato) como CEO do Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil.

 Sob a liderança de Agnelli, a Vale deu um salto de produtividade, de rentabilidade, de admissão de funcionários e de pagamento de impostos e de royalties.

A partir de 2009, o grupo que reúne fundos de pensão de empresas estatais controlados pelo PT (Previ, Petros e Funcef) se utilizou da Litel, holding criada por eles mesmos, para assumir o controle da Valepar e por meio dela obter 49% das ações da Vale, o que somados aos 11,5% que já estavam nas mãos do BNDESPAR, braço de investimentos do BNDES, deu ao PT o controle sobre mais de 60% das ações da empresa.

Começou, então, a pressão de Lula sobre Agnelli para que a Vale fizesse mais investimentos no Brasil, principalmente na aquisição de siderúrgicas e na encomenda de navios, mesmo que os similares estrangeiros custassem a metade do preço.

Lula também tentou fazer um certo Eike Batista chegar à presidência da Vale. Não conseguindo, tentou substituir Agnelli por Sergio Rosa. Também não conseguiu.

A despeito das pressões, Agnelli continuou seus projetos na Vale, incluindo a encomenda de navios na China e na Coreia do Sul, o que enfureceu Lula. Em 2011, logo após a Vale registrar um lucro trimestral quase 300% acima do trimestre anterior, Agnelli foi demitido.  Seu sucessor e atual presidente, Murillo Ferreira, foi indicado por Lula – e até dois meses atrás, Ferreira também ocupava uma cadeira no conselho de administração da Petrobrás. Desde então, os rumos da Vale são ditados pelos interesses PT.

Ignorando normas de licitação e do TCU, a mineradora firmou diversos contratos com empresas beneficiadas pelo programa de proteção e de incentivo à indústria nacional iniciado por Lula e que, obviamente, formava o grupo de financiadores (Odebrecht, por exemplo) de seu partido e de todos os movimentos que o apoiavam.

Não por acaso, desde então a Vale vem registrando perdas. Hoje, a Litel tem, sozinha, 52,5% das ações da Vale.

Em tempo: Todos os setores que foram beneficiados pelo protecionismo do PT estão hoje em colapso e todos os fundos de pensão de empresas estatais controlados por petistas estão deficitários.

Três perguntas:

O grupo que detém o controle acionário da Vale não seria o maior responsável pelos projetos de suas empresas?

O governo não foi negligente na concessão de alvarás e na fiscalização?

O PT, que controla a Vale, que governa Minas Gerais e o Brasil não tem nada, absolutamente nada a ver com isso?

E assim, mais uma vez nos deparamos com a razão do estado não poder participar do mercado. Quando participa, o próprio estado se torna o mais interessado em abafar as responsabilidades em caso de incompetência e de negligencia, deixando a sociedade completamente desamparada institucionalmente. As pessoas que perderam suas casas, suas fontes de renda e familiares na tragédia com toda certeza ouvirão muitas promessas do governo e talvez recebam algum dinheiro, mas a probabilidade é de que não verão ninguém sendo punido.

A realidade que deveria ser vista pela sociedade é que a maioria das grandes empresas brasileiras estão sob influência direta ou indireta do governo, estão sujeitas aos interesses de militantes do PT e de políticos de sua base aliada que geram lucros para si mesmos e prejuízos para a sociedade. Os bancos, os fundos de pensão e as agências regulatórias do estado não passam de instrumentos políticos. Para saber quais são as empresas que estão sob o controle do PT, basta checar seus quadros acionários, os benefícios fiscais, a quantidade de dinheiro que receberam do BNDES e os valores que doaram aos partidos nos últimos anos.

Se estivéssemos num país regido pelo livre mercado, a Samarco e a Vale seriam empresas realmente privadas e suas responsabilidades nesse acidente seriam realmente levantadas, julgadas e punidas, já que o governo não teria interesse em livrá-las do peso da justiça. Se fossem privadas, o estado iria com toda sua força contra as empresas. Se fossem privadas, alguém iria para a cadeia.

Como se fosse pouco as mortes e os prejuízos ambientais, a tragédia também levará consigo muitos bilhões de reais investidos pelos fundos de pensão que controlam as duas empresas, ou seja: Os prejuízos serão estendidos aos funcionários da Caixa, da Petrobrás e do Banco do Brasil.

Um acidente como o ocorrido em Minas poderia ter acontecido com qualquer empresa e em qualquer lugar do mundo, como já ocorreu tantas vezes, porém, o caso em questão evidencia mais uma vez que a participação do estado na economia potencializa a impunidade. Ninguém será punido pela tragédia em Minas, assim como ninguém foi punido pelos acidentes nas plataformas da Petrobrás nem pelos prejuízos sociais e ambientais provocados pela falência das empresas de Eike Batista, o ilustre filho bastardo das políticas “desenvolvimentistas” do PT.

Para evitar problemas, dias depois da tragédia em Minas, Dilma assinou o decreto 8572 que diz que “…considera-se também como natural o desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais”. Com uma simples canetada, Dilma tirou da Samarco e da Vale toda a responsabilidade sobre a tragédia.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

UNIÃO DE LÍDERES

Nota do General de Brigada Paulo Chagas

O Gen Paulo Chagas participou da abertura das manifestações em Brasília
comandando os Dragões da Independência na Marcha da Família com Deus
pela liberdade neste 15 de Novembro de 2015.
Meus líderes,
Agora é hora de UNIÃO entre vocês, para que todos falemos a mesma língua, vocês precisam se organizar amistosamente, com confiança, para que tenhamos um só objetivo comum, estratégia, tática e operacionalidade, com o fito de atingirmos esse objetivo, que é derrubar esse governo e todos os segmentos bolivarianos que se instaram no Brasil, para implantar o Comuno-Socialismo ferrenho.
Assim como vocês estão agindo, com vaidades e estrelismo, sem humildade não vamos chegar a lugar algum – a hora é de UNIÃO DOS LÍDERES, pois a população fica dividida e não sabe a quem recorrer. Façam um esforço para se encontrarem e estabelecerem prioridades e ações a serem tomadas. Vamos deixar tudo como está??? Uma esbórnia???
Nesse ponto a esquerda é organizada porque seus líderes não brigam entre si, mantém uniformidade nas ações, reúnem-se várias vezes e, após decidirem as ações, praticam-nas de verdade.
Aprendamos com o inimigo o que ele tem de aproveitável e vamos em frente. Vamos nos unir aos militares que não estão satisfeitos com a situação do País e vamos fazer um grande grupo de líderes militares e civis. Vamos combater o Comunismo que se instalou sorrateiramente no Brasil.
Vamos tentar localizar o MBL, MVR, Celso Brasil Rabelo (Curitiba), Aparecido Duca de Almeida (SP), Pedro Moézia de Lima, Plaucio Pucci (EUA), Roberto Mezian (RJ) para formarmos um grupo de líderes coesos, chega de impichimistas, intervencionistas e outra coisa qualquer. Temos que agora estabelecer um único objetivo - Derrubar o Comunismo que se instalou no Brasil e junto com ele todos os atores da história e o Foro de São Paulo, grande fomentador desse regime totalitário vigente, que atinge os Três Poderes da República.
Vamos em frente, não desanimemos, ao final a vitória será nossa, mas se trabalharmos em uníssono doravante.


ADSUMUS – DEUS – PÁTRIA – FAMÍLIA

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Lula e Dilma mais "íntimos" da Lava Jato

STF envia a Moro documentos sobre campanhas de Lula e Dilma

Parte do processo na primeira instância da Justiça Federal tem como base delação de Ricardo Pessoa, dono da UTC. Aquela que nada explica e a solução é entregar tudo!

Lava Jato investiga campanhas de Lula (2006) e Dilma (2010)
As solicitações de investigação, por parte da Procuradoria, não recaem sobre os candidatos, mas sobre coordenadores e responsáveis pelas finanças eleitorais. No caso da campanha de 2014, Zavascki já autorizou a abertura de investigação contra o ministro da Comunicação Social e ex-tesoureiro da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, Edinho Silva.
Entre os nomes citados por Pessoa cuja possível investigação deve ficar a cargo de Moro está o do ex-tesoureiro da campanha de Dilma em 2010, José de Filippi, e do ex-tesoureiro nacional do PT João Vaccari Neto, um dos presos pela Polícia Federal. O dono da UTC relatou em depoimento ter repassado 3,6 milhões de reais entre 2010 e 2014 para os dois e também mencionou repasses à segunda campanha do ex-presidente Lula.

BRASÍLIA – O inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o ministro da
Suspeitos de terem arrecadado dinheiro proveniente
de propina no esquema da Petrobrás
Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Edinho Silva, não será a única frente de apuração de supostas irregularidades nas campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff. O ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato no tribunal, já decidiu encaminhar para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba, documentos que apontam suspeitas de arrecadação ilegal por parte das coordenações das campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2010. Edinho foi o tesoureiro em 2014 e, por ser ministro, tem foro privilegiado junto ao STF.
Entre os citados que poderão ser investigados em novos inquéritos na primeira instância da Justiça Federal estão o ex-deputado e ex-secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo José de Filippi Júnior e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, segundo fontes com acesso às investigações. Filippi foi tesoureiro da campanha de Lula à reeleição em 2006 e da campanha de Dilma em 2010. Vaccari só deixou a Secretaria de Finanças do PT após ser preso na Operação Lava-Jato, em abril deste ano. Os dois foram citados em depoimentos prestados na delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa.
A vitória momentânea da corrupção
Segundo Pessoa, a campanha de Lula em 2006 contou com repasses de dinheiro em espécie, sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O dinheiro seria proveniente de um consórcio com obras no exterior, integrado pela UTC. A entrega foi feita no comitê da campanha, conforme o empreiteiro. Pessoa também relatou entregas de dinheiro a pedido de Vaccari.
O GLOBO apurou que a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba já foi avisada sobre o compartilhamento da delação do dono da UTC, em que o empreiteiro detalha supostas irregularidades nas campanhas petistas. A expectativa dos investigadores no Paraná é receber esses depoimentos até a próxima quarta-feira. Os casos serão analisados individualmente e poderão resultar em inquéritos diferentes.
O ex-ministro Antonio Palocci já é investigado em inquérito na primeira instância por conta de suspeitas de arrecadação ilegal na campanha de Dilma em 2010, delatada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O encaminhamento das acusações à Justiça Federal no Paraná também foi feito por Teori, na primeira leva de inquéritos judiciais abertos na Lava-Jato, em março deste ano.
A hora do chefe se explicar. Como se explicar?
Costa declarou que recebeu um pedido do doleiro Alberto Youssef e que autorizou o uso de R$ 2 milhões destinados ao PP, desviados de contratos da estatal, na campanha de Dilma. O pedido teria partido de Palocci, conforme a delação de Costa. Youssef desmentiu o depoimento do ex-diretor. Mesmo assim, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entendeu que “a suposta solicitação da vantagem deve ser apurada em relação a quem a teria feito”. O inquérito está em andamento em Curitiba. Dilma não foi alvo de investigação. Janot alegou “vedação constitucional” para analisar o caso, por ele ser anterior à sua gestão como presidente.

Na semana passada, a Polícia Federal concluiu as investigações contra dois políticos com foro privilegiado: os deputados Vander Loubet (PT-MS) e Nelson Meurer (PP-PR). Nos relatórios encaminhados ao STF, a PF concluiu que ao menos parte da propina recebida pelos dois, proveniente de contratos da Petrobras, foi transformada em doação eleitoral.
A PF chegou à mesma conclusão em relação às investigações contra o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, e o senador Benedito de Lira (PP-AL), pai dele. No relatório enviado ao STF, a polícia afirma que Arthur Lira encontrou o doleiro Alberto Youssef “com a finalidade de solicitar o pagamento de dívidas de campanha e apanhar recursos em espécie, oriundos do esquema de corrupção da Petrobras”. Para a polícia, os parlamentares praticaram corrupção passiva, que é o recebimento de propina, e lavagem de dinheiro, configurada nas artimanhas para ocultar o primeiro crime.
No sábado, outros dois inquéritos foram abertos no STF para investigar supostas doações por caixa dois. São alvos o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que disputou o governo de São Paulo em 2010, e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), eleito para o cargo naquele ano.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O canalha teme os anéis. Sobrarão quase todos os dedos

O maior canalha já colocado no poder, em toda a história da América Latina, agora teme suas crias.
Sabe que seus anéis todos irão e sobrarão, apenas, os incompletos dedos.
Sua "gerenta", uma desorientada de nascimento, joga bravatas que ninguém mais ouve, graças à sua insignificância e o chefe tenta jogar à opinião pública, a ideia de perseguição, também sem qualquer eco, graças à rejeição de um povo que demorou muito para acordar.
Hoje, num grito uníssono, só se ouve fora Lula, fora Dilma e fora PT.
Tememos apenas as reações dos terroristas mentecáptos petralhas (desculpe o pleonasmo), no desespero, acuados pela Justiça paranaense e do restante do Brasil, com uma exemplar ação em parceria, da Polícia Federal.
Eles poderão antecipar ou provocar o que nossas Forças tentam evitar há muito e, mudar o rumo de desinfecção pacífica (pelo menos para o povo) do covil que se tornou o Planalto.


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Matéria abaixo: créditos Veja -
Por: Vera Magalhães
Bumlai: Lula quer que ele pare de falar
Bumlai: Lula quer que ele pare de falarDiante do cerco ao filho caçula, Luís Cláudio, Lula mandou que o amigo José Carlos Bumlai pare de falar. O ex-presidente considerou temerário o pecuarista dizer, em entrevista, que recebeu empréstimo do lobista Fernando Baiano.
O receio é que a história desmorone caso membros da família Schain fechem mesmo acordo para contar tudo sobre a intermediação, feita por Bumlai, de um empréstimo de 60 milhões de reais do banco do grupo para a campanha de Lula em 2006.
Segundo o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa, a dívida foi quitada com recursos do petrolão, por meio de um contrato para a construtora Schain operar navio-sonda sem licitação.

domingo, 1 de novembro de 2015

Os Diplomatas, o Ministro e o General



"...já como Ministro da Defesa, dá provas de que, em sua escala de valores, o partido e a ideologia competem com os interesses do Brasil, contrastando com o exemplo que se espera de um brasileiro investido dessa função!"
General Paulo Chagas e o Ministro da Defesa Aldo Rebelo
 
Caros amigos,

Desde a criação do Ministério da Defesa (MD), tenho dito que a chefia desta pasta deveria ser confiada a um Diplomata. Continuo a pensar assim, apesar das duas experiências desastrosas que tivemos com José Viegas e Celso Amorim.
Julgo que, sendo a Defesa uma componente da Política Externa, nada mais lógico do que colocar no MD um Embaixador comprometido por vocação, formação e princípios, unicamente, com os interesses do Brasil, como são, pelas mesmas razões, os militares.
Da mesmo forma e por coerência, os Ministros da Defesa deveriam ser compelidos a proceder com as mesmas restrições lógicas que disciplinam o comportamento dos militares, isto é, deveriam restringir sua atuação e manifestações políticas aos temas que envolvem os interesses corporativos e profissionais das instituições militares e sua missão constitucional: defesa da Pátria, garantia do cumprimento das leis e manutenção da ordem interna.
Comunista e Ministro da Defesa Aldo Rebelo
Estas condicionantes explicam o fracasso das duas escolhas citadas, porquanto, ambos, tinham vínculos partidários e ideológicos com os governos a que serviam, e, como Ministros da Defesa, não tinham convicções e comportamento assemelhados aos dos militares, ou seja, não tinham o Brasil acima de tudo, mas o partido, suas propostas e seus compromissos ideológicos!
Assim pensando, em que pese o comportamento histórico do político Aldo Rebelo em defesa dos interesses militares no Congresso Nacional, o que lhe permitiu, muito justamente, integrar a “tropa amiga” naquela instituição, julgo patética, descabida e incoerente a sua participação na propaganda eleitoral do seu partido, o PC do B.
Embora sendo membro efetivo, e também histórico, do desgoverno que destruiu o Brasil e que, consequentemente, colocou em xeque todos os projetos estratégicos do seu Ministério, o Sr. Aldo Rebelo, ao permitir-se participar de uma investida contra a verdade, já como Ministro da Defesa, dá provas de que, em sua escala de valores, o partido e a ideologia competem com os interesses do Brasil, contrastando com o exemplo que se espera de um brasileiro investido dessa função!
Gen Mourão
Apesar da sua reconhecida e louvável atuação parlamentar em benefício das causas dos profissionais das armas, comportar-se mais como político do que como Ministro da Defesa  - pasta que visa a ser reconhecida como “órgão de Estado”, integrador da segurança e da defesa nacionais, e que pretende coordenar o esforço integrado e a direção superior das FFAA -, além de depor contra o elevado conceito de “tropa amiga” do Ministro Aldo Rebelo, abre precedente para que os homens e as mulheres que empunham as armas da Nação, apesar do controle e da disciplina a que são necessariamente submetidos, sintam-se “autorizados” a agir da mesma forma em defesa dos valores patrióticos que os fizeram ser, antes de mais nada, Soldados da Pátria!
Aí reside, provavelmente, a razão dos oportunos comentários, avisos e alertas preventivos feitos pelo Gen Antônio Hamilton Mourão Martins aos seus comandados durante sua profícua passagem pelo Comando Militar do Sul, pois, se um Ministro da Defesa se permite propalar as propostas ideológicas do seu partido e fazer propaganda enganosa de um governo falso e desonesto, porque um General de Exército, em qualquer função, deveria negligenciar do dever profissional de alertar seus comandados para as ameaças, até de emprego militar, que visivelmente pairam sobre a Nação?